1. |
São Silvestre
01:40
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2. |
Vultos do Mar
05:11
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Um refúgio distante
Ilha no mar aberto
O paraíso
A espuma na areia
Nada pode se ver
Até o dia em que eu conseguir
Chegar em você
Será que esse lugar existe?
O vício na ilusão
De te ter aqui
Nem mesmo preenche o vazio
Da vida que avoa
Sem um território sequer
Em eterno trânsito
Norte geográfico
Que não se revela
O calado do navio
Grita ao fundo do mar
Estou aqui
A te rodear
Horas a passar
Por favor dê sinal de vida
O vício na ilusão
De te ter aqui
Nem mesmo preenche o vazio
Da vida que avoa
Sem um território sequer
Em eterno trânsito
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3. |
Fenômeno Now
04:16
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Vazios virtuais
Mistérios reais
Paisagem azul
Recinto profundo de luz
Fenômeno Now
Imaterial
Panorama comum
Firmamento repleto de pontos de luz
Paraísos artificiais
Revelam segredos guardados no fundo do mar
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4. |
Sonho Verde
03:56
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Negue-se a viver, por ora
O amanhã jamais, sim hoje agora
Na figura abstrata do tempo
Que ao relento
É correnteza da vida
Que nunca para
Atira pro mundo
O revólver do sonho
Sem regra, futuro
Outra dimensão
Pobre de quem esquece de tudo
Não vê que o presente é passado e futuro
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5. |
Luz, Clarão
06:27
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Sem cumprir o que deseja
Palavra cega à espera
O corpo repousa e aguarda sua vez
De silêncio e de pesar
De anseio e de amargar
Ressente o que virá
Em um estrondo sonoro (um trovão)
A noite espelha o dia (luz, clarão)
O mundo receoso tenta adormecer
Sem os ventos a soprar
Sem as horas a passar
Só resta observar
Fogo que não te fere
Fogo que faz viver
Fogo que não te fere
Fogo que faz morrer
Fogo que não te fere
Fogo que faz viver
Fogo que não te fere
Um aparato uma aparição
A imagem pura revela-se a mim
Sem divisar uma direção
O encantamento me leva ao fim
Num revés, disparados os sinais
Vejo o tempo correndo em torno de si
Recuo enfim diante do vão pesar
A esperar
Vou esperar
Sem medo de voltar
Um segredo a ecoar
Não há vazio a se preencher
Nada por se merecer
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6. |
Recôndito
02:24
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Corpo no corpo, recôndito olhar
Nesse quarto escuro existe um tempo
A parte que passa por entre nós
Tão devagar, quase parando
Eu não sei
Onde posso ver seu rosto aqui
A luz da janela reflete tão dentro
Dos olhos que fitam os meus
Não vale a pena acender a luz
Se tudo isso é um sonho
De tudo que já
Não é ou existirá
Já não importa o despertar
Sem nem mais sentir
O corpo que aqui
Esteve e não mais está
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7. |
O Nó
05:31
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"nó", poema de Ana Cristina César:
E sobre tudo atento repousa
meu intento esqueleto mudo
Do túmulo quem ousa erguer-se
Do píncaro estrebucha: FETO
E em nada ausente levanta
minha mente caverna armada
Da ânfora quem vai virar-se
Do cúmulo despenca: ERMO"
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8. |
(Parêntesis)
01:22
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9. |
Ínterim
04:36
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Se acostumar que a vida não anuncia nenhum final
E mesmo que no auge de fevereiro possa parecer que tudo é carnaval
Algo ali, talvez a chuva já dissesse algo que, àquele tempo,
Fosse visto ou tido como nada mais que natural
Tão breve, talvez
Mas nunca banal
Se adaptar e entender,
Que nada é normal
E amargo, talvez
Mas sempre real
Seguir assim,
Sem medir ou pesar
E nunca foi minha intenção,
Esperar da realidade algo como prazo ou duração
E tudo que aconteceu
Se tornou uma memória sem que eu prestasse atenção,
Mas nada vive, nada morre
Enquanto isso ainda existe, um retrato de um passado
Que não retorna
E agora sigo em frente e espero que você também
Lembranças que vêm,
Vultos do mar
Longe de mim, no mundo, em algum lugar
E o fim de um verão
É sempre igual
Por assim dizer,
Sem mesmo ter final
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10. |
Altar
04:32
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Saber
Por onde andar
Viver em paz
O que não se hesitou
Disse e fez
Vida fé quieta a se arquitetar
Tudo pode ser seu
Descubra de verdade
Aquilo que te faz entender e crer
Nas noites de frio
Nos dias de sol
Longe lá no que te fez hoje
É tempo de viver
O que provém de si
Ceder
Não ter razão
Ser Deus no mundo
Rio pedra fogo altar
Dez vinte trinta anos atrás
O mesmo corpo a se levantar
Matéria que se transforma
Física quântica
Não procure saber
É tempo de viver
O que provém de si
Ceder
Não ter razão
Ser Deus no mundo
Rio pedra fogo altar
O medo reluz
O melhor caminhar
Humano arquiteto de sonhos
Não há sequer um vencedor
Sempre um nó pra desatar
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