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EP1

by O Nó

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1.
EG-1 1990 02:20
2.
O Sol 06:26
O sol se pondo ao contrário Na beira, o segundo que passa Em tempo e espaço arbitrário Sem dia nem hora Eu conto nos dedos Um corpo sem força Nem massa Um toque chega distante No arco a flecha tem fim A noite amanhece errante Um claro tratado Decido e declaro O que fui ontem não está mais Em mim Enfim vou dar nome pras dores Cortar na metade a matiz Na borda do cáqui e do couro Do linho e do ouro Segredo ou tesouro O tempo não passa Se ninguém Me diz
3.
Ouro-e-Fio 02:31
4.
Nublado 05:26
Lento caminhar De versos apressados Na fronteira Morrer de amor Mística, rio Anuviar Faço tudo com seu olhar Obsessão absoluta No rosto, o recanto instável Em busca de algo Pra te ancorar Difuso entorpecer Alento repentino Afago irascível Exaspero certeiro Sustento o lamento Ao toque do sino Não há intento Diante dos teus segredos Creio estar a beira de me afogar No espaço me despedaço Faço-me estático Fincado nos teus suspiros Respiro embriagado Sua imagem nociva À margem de um universo Onírico Difuso entorpecer Alento repentino Afago irascível Exaspero certeiro Sustento o lamento Ao toque do sino Não há intento Diante dos teus segredos Creio estar a beira de me afogar
5.
O rasgo desfaz a trama O escuro sem fim No caos que arreda o drama Te acho pra mim Num abrupto rapto Desfaço o espaço entre nós Amanhã o dia nascerá Sem hora pra terminar

about

O Nó é uma confusão de referências fragmentadas que só poderiam coexistir, se não na cabeça de um Thomas Pynchon, em plena era da internet. Regurgitando influências da coleção de LPs dos pais, eles citam e se apropriam de tudo. É uma esquizofrenia bem própria dessa geração. Não tem geografia própria porque não tem geografia propriamente. A distinção entre a chamada alta cultura da chamada baixa cultura já está abolida. A coesão e a coerência, que parecem faltar, existem dentro de uma relação interna. Não existe uma narrativa linear, mas uma sucessão de cenas que podem ou não conversar entre si. São peças intercambiáveis.

Assumir a tosquice (tanto do aspecto cromático, com cores vibrantes, quanto da quase breguice dos synths histéricos e das guitarras épicas) como estética parece ser um caminho cada vez mais comum na cena contemporânea. A capa do EP remete à ideia cartunesca de uma arábia de fábula, com tapetes mágicos e pó de pirlimpimpim. As mil e uma noites de um filme dos anos quarenta. É uma estética calcada na autoironia. Essa música é fruto de Youtube e Soundcloud, não de Smetak e Koellreutter. Pelo menos não diretamente.

O Nó, afinal, não é nada menos que a plena consumação e celebração do lixo digital com vernizes de nostalgia garageira. No bom sentido. É o gesto de se inserir em um debate intelectual pela prerrogativa de se abster dele. A adoração confusamente dividida entre o autoirônico e o autodepreciativo do exagero cultural. A tentativa de saturar um matiz saturado em busca uma nova cor.

Miguel Nassif

credits

released October 19, 2015

Todas as faixas compostas e escritas por Alexandre Drobac, Matheus Perelmutter, Rodolfo Almeida e Mateus Bentivegna (O Nó). Gravado e produzido por Nicholas Rabinovitch e Alex Huszar no estúdio Terra de Lá (Atabaques e Cowbell em “EG-1 1990” por João Rodrigues). Mixado e masterizado por Nicholas Rabinovitch no estúdio Terra de Lá no segundo semestre de 2015.

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